domingo, 28 de fevereiro de 2010




Cantar revitaliza cérebros danificados



Cientistas defendem que ensinar as vítimas de ataques cerebrais a cantar
 
 ajuda-os a recuperar a fala.

Esta nova tese consiste numa espécie de "religação" do cérebro: se o "centro da fala" ficar danificado devido a um acidente cerebral o doente pode aprender a usar o "centro do canto", substituindo um pelo outro.

A descoberta foi apresentada no encontro anual da Associação Americana para o Desenvolvimento da Ciência (American Association for the Advancement of Science), realizado em San Diego, segundo noticiou a BBC.

Um ensaio clínico, liderado pelo professor de Neurologia de Harvard, Gottfried Schlaug, demonstrou como o cérebro responde a esta "terapia melódica de entoação", que está já estabelecida como técnica médica.
O processamento da linguagem e da fala encontram-se no hemisfério esquerdo do cérebro. E é aqui que está a maioria das ligações entre as áreas do cérebro que controlam o movimento e aquelas que controlam a audição.

Mas, explica o professor Schlaug, "há uma espécie de buraco correspondente no lado direito". E à medida que os doentes vão aprendendo a colocar as palavras nas melodias, aquelas ligações cruciais vão-se formando no hemisfério direito do cérebro.

Gottfried Schlaug relatou o caso de um doente que não conseguia formar nenhuma palavra inteligível e que numa única sessão terapêutica aprendeu a dizer "tenho sede" através da combinação de cada sílaba com a nota de uma melodia.

AINDA BEM QUE EU COMO MUITOOOO CHOCOLATE ...;)))))!!!!







Chocolate inimigo de AVC's

Além de saber bem,
 
o chocolate pode ajudar a combater o risco de um acidente vascular cerebral
 
Um pouco de chocolate todas as semanas pode ser uma forma de ajudar a combater o risco de sofrer um Acidente vascular Cerebral (AVC). Será também uma forma de acelerar a recuperação de pacientes que sofreram uma isquemia cerebral. A descoberta terá sido feita por pesquisadores canadianos e deverá ser apresentada em Abril no encontro anual da Academia Americana de Neurologia.

A notícia, divulgada no site do jornal brasileiro "O Globo", refere que, para chegarem a esta conclusão, os pesquisadores avaliaram os resultados de três grandes estudos que se debruçavam sobre os benefícios do consumo de chocolate para a saúde.

A primeira pesquisa acompanhou 44.489 pessoas e mostrou que o consumo de uma porção de chocolate semanal reduzia o risco de AVC's em 22%. Outra análise, tendo em conta 1.169 participantes, revelou que o consumo de 50 gramas de chocolate uma vez por semana diminuía o risco de acidentes vasculares cerebrais em 46%. O terceiro estudo não demonstrava qualquer impacto do consumo de chocolate na saúde dos pacientes.

Uma das coordenadoras da investigação canadiana, Sarah Sahib, da McMaster University, citada pelo "O Globo", afirma que o principal benefício do chocolate está na quantidade de flavanóides um antioxidante, com um efeito protector sobre as artérias. Por isso, o ideal será dar preferência ao consumo de chocolates com mais de 70% de cacau na sua composição, pois serão estes que apresentarão maior quantidade desta substância.




LINDOOOOO




sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

PARABÉNS

PARA O MEU QUERIDO AFONSINHO....

HOJE ELE FAZ

7 ANINHOS


Te Adoro

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VÁ ....TOCA A ABRAÇAR !!!!




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UM BOM FIM DE SEMANA !!!


Animais

 

 

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DAVA GEITO PERANTE CERTA GENTE TER UM BICHAROCO DESTES...





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quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

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Fernando Nobre

 “Um dia vamos contactar com outros planetas”




Por:Maria Henrique Espada
24 FEVEREIRO 2010

Fernando Nobre, candidato à Presidência da República, dá uma polémica entrevista à SÁBADO, que será publicada na edição que amanhã estará nas bancas.



Entre outras coisas, o presidente da AMI admite a existência de vida extraterrestre: “Um dia vamos contactar com outros planetas e civilizações. Chegará um momento, no universo, em que os habitantes deste planeta serão conhecidos como os ‘terrenos’.”



Outras posições controversas que o candidato independente veicula respeitam à política externa.



Fernando Nobre garante que fará questão de reivindicar Olivença ao rei de Espanha, caso seja eleito: “Com certeza que lhe hei-de falar de Olivença, como dois seres humanos.”


Para além disso, o líder da AMI não considera, por exemplo, que organizações como o Hamas ou o Hezbollah sejam “terroristas”, e declara que Durão Barroso não deveria ter levado o País a envolver-se na guerra do Iraque, “porque não tinha no seu programa de Governo fazer uma guerra e por não ter consultado o povo em referendo.”






Valha-nos o Santissímo,


Não me referindo às outras questões....

Eu por mero acaso também penso e concordo com tal visão universal....extra-terráquea...

Mas o que não entendo, é o facto de só agora o Dr. Fernando Nobre  assim se manifestar...e porquê??

O que isto tem a ver com a Presidência da República???

Ora se não se consegue falar com os terrenos ...por ora...está o Dr. Nobre a ter pretensões extra-terráqueas...para o quê?...afastar os portugueses da realidade hodierna??...

Estará tão distante da realidade...??? não quero acreditar...

Ou a passar-nos atestados de patetas??

Não esperava....estou atónita...

Será que por ter lidado com situações terríveis, pensa que está preparado para lidar com habitantes de outras galáxias???

Como é que um homem tão equilibrado de repente se sai com uma bacorada destas???

Será que é preciso um fulano aparentemente sereno e equilibrado candidatar-se à Presidência para de repente arremessar com uma idiotice??

Será que algo os contagia no processo de candidatura?? E ficam todos assim...sim porque este homem não era assim...

Se o objectivo é inovar...só conseguiu a meu ver...atrasar e atrapalhar.
Pobre do Dr. Fernando Nobre... passou-se também...de certeza...!!!



Sinceramente...perdeu o meu voto.

ESTOU TRISTE.

MUITO TRISTE.





JUSTIÇA MADE IN PORTUCALE...NO COMENTS!



COMPREENSÃO PRECISA-SE....















Por:Vítor Matos - in REVISTA SÁBADO
24 FEVEREIRO 2010



Há uma semana, Manuela Ferreira Leite não sabia de nada.

Ontem, admitiu que foi informada.

Hoje diz que soube quando toda a gente soube.


Quando foi confrontada pela SÁBADO, no dia 16 de Fevereiro, com a informação de que alguém do PSD a tinha sondado no sentido de saber se o partido concordava com a compra da PT por parte da TVI, a resposta da líder do PSD foi lapidar: “Toda a gente sabe que não valia a pena falar comigo sobre isso. Ninguém se atreveu a falar comigo sobre esse assunto”, escreve a SÁBADO na edição de amanhã.


Ou seja, ao dizer que ninguém se atreveu a falar com ela sobre o assunto, Manuela Ferreira Leite afirmou à SÁBADO o contrário do que assumiu hoje ao Diário de Notícias. Tendo como base uma escuta entre o administrador da PT, Rui Pedro Soares, e Paulo Penedos, em que diziam que a líder do PSD conhecia o negócio, o jornal da Global Notícias questionou Manuela Ferreira Leite e esta confirmou que fora informada: "Ora essa, e qual é o crime que está a ser cometido por ser informada? Agora não posso ser informada? Se fui informada, isso só prova que de facto o esquema estava a ser montado e que o crime estava a ser cometido”, explicou.

Hoje, porém, em declarações à Lusa, Manuela Ferreira Leite dá uma nova versão dos factos, de que soube do negócio no dia em que este foi noticiado nos jornais: "Eu soube no dia em que toda a gente soube e denunciei nesse mesmo dia. Portanto, eu denunciei aquilo que soube quando toda a gente soube. O que é relevante é que um primeiro ministro saiba de alguma coisa que diz que não sabe".


A SÁBADO publica amanhã a resposta da líder do PSD, num artigo em que também apurou que José Luís Arnaut terá sido o social-democrata que serviu de ponte entre a administração da PT e Ferreira Leite. O deputado social-democrata e ex-ministro começou por dizer à SÁBADO que o caso era “do domínio do delírio”. Mas depois admitiu que teve contactos sobre a transacção da polémica: “Só depois de o negócio ter abortado é que recolhi informação sobre o assunto. Recolhi vários dados, até a nível pessoal, mas não fui mensageiro de nada para ninguém”. Quanto à possibilidade de ter sido contactado por algum administrador da PT, José Luís Arnaut recusou-se a responder.

A SÁBADO já tentou contactar Manuela Ferreira Leite várias vezes hoje para esclarecer o assunto, embora sem sucesso

sábado, 20 de fevereiro de 2010

 Jorge Miranda




«Excesso de protagonismo» dos intervenientes prejudica Justiça .
 
 


Jorge Miranda, constitucionalista e catedrático de Direito da Universidade de Lisboa, criticou, esta sexta-feira, o excesso de protagonismo dos intervenientes da Justiça no processo "Face Oculta".
Jorge Miranda disse que não imagina, por exemplo, o presidente do Supremo dos Estados Unidos a desdobrar-se em entrevistas ou o procurador-geral a falar todos os dias à imprensa, frisando que isso é mau, prejudica a Justiça e o respeito pela magistratura.

«Não me agradam estas coisas. Caiu-se no reinado da comunicação», confessou, defendendo que os esclarecimentos prestam-se através de decisões dos tribunais e não através de entrevistas.

Na opinião do constitucionalista, há «um excesso de protagonismo» também da Associação Sindical dos Juízes Portugueses e do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, o que prejudica o respeito da magistratur. Assim, sublinhou, o princípio deve ser o da reserva e não a de intervenção.

Para Jorge Miranda, tem havido uma tendência para uma comunicação forte que não devia existir, sendo que os protagonistas políticos tendem a aproveitar esse tipo de intervenção.



Após um longo período de recolhimento sobre o tema, Pinto Monteiro quebra o silêncio e dá à VISÃO a primeira explicação pública sobre a sua decisão de ter arquivado as escutas extraídas do processo Face Oculta, referentes ao alegado plano do Governo para controlar a TVI e outros grupos de media.


Apesar da chuva de críticas e do alarme social gerado pela publicação no semanário Sol das conversas entre Armando Vara, Paulo Penedos, o administrador da PT Rui Pedro Soares e outros elementos socialistas, o chefe do Ministério Público diz-se irredutível na decisão que tomou e garante que nem ele nem os "vários magistrados" a que recorreu encontraram qualquer vestígio da prática do crime de atentado ao Estado de Direito - ao contrário dos "fortes indícios" lavrados no despacho do juiz de instrução de Aveiro. Pinto Monteiro sustenta que "eventuais propostas, sugestões, conversações sobre negociações que, hipoteticamente, tenham existido no caso em apreciação, não têm idoneidade para subverter o Estado de Direito".

Nas respostas por escrito enviadas à VISÃO, o PGR separa as águas entre o plano judicial e político: Para Pinto Monteiro, o dossiê das escutas do Face Oculta é, neste momento, um caso "meramente político", e insurge-se contra o "velho esquema" de se "conseguir determinados fins políticos utilizando para tal processos judiciários e as instituições competentes". Uma "armadilha política" recorrente, diz, a que "poucos políticos relevantes escaparam".


Destaques

•"O chamado caso das escutas, no processo Face Oculta, é neste momento meramente político. Pretende-se conseguir determinados fins políticos utilizando para tal processos judiciários e as instituições competentes. É velho o esquema. Como facilmente se constata na Procuradoria-Geral da República, poucos políticos relevantes "escaparam" a esta armadilha política."


•"O crime de atentado ao Estado de Direito não foi certamente previsto para casos como este".


•"Tenho muita consideração pelo senhor procurador de Aveiro, que é um bom magistrado, mas, obviamente, como procurador-geral da República, não estou obrigado a concordar com as suas opiniões jurídicas".
 
 



O pântano







Pinto Monteiro é um homem cada vez mais só e com cada vez menos condições para continuar no cargo




Nestes últimos tempos, temos assistido a acontecimentos extraordinários. O jornal Sol revelou um conjunto de elementos que, ao contrário do que decidiu o procurador-geral da República, deveriam ter levado a uma investigação para apurar se houve ou não prática de crime de "Atentado contra o Estado de Direito". Escutas telefónicas, sms, despachos dos magistrados e do responsável da PJ de Aveiro, onde foi iniciado o processo Face Oculta, deixaram claro que um conjunto de pessoas, algumas muito próximas do primeiro-ministro e que o invocavam nos esquemas, manobraram para alterar a titularidade da Media Capital, controlar outros órgãos de comunicação social e afastar todos os que contrariassem este plano. É verdade que estes indícios não significam, por si só, a efectiva prática daquele crime, mas isso só se pode apurar através de uma investigação. Que o PGR se negou a ordenar, sem ter dado explicações cabais - e a meu ver não as dá, nesta edição da VISÃO. Por isso, Pinto Monteiro é um homem cada vez mais só e com cada vez menos condições para continuar no cargo. Agora, até o Conselho Superior do Ministério Público, presidido pelo próprio, quer indagar se ele agiu bem. Também o presidente do Supremo, ubíquo numa destas noites televisivas, tentou livrar-se do imbróglio dos despachos malditos, repetindo que, ao contrário de Pinto Monteiro, não viu tudo o que havia para ver no processo Face Oculta. E que até podia rever a sua posição...







Esta semana assistimos, igualmente, pela primeira vez nestes 35 anos de democracia, a uma ordem judicial que pretendia impedir a publicação de matéria informativa de evidente interesse público. É um precedente gravíssimo, ainda que não consumado, que deixa muito claro como é perigoso este tempo que vivemos.







À medida que a Justiça vai caindo mais e mais no poço negro do descrédito, alguns dos seus protagonistas mais mediáticos multiplicam-se em afirmações grandiloquentes. A coisa soa algo patética e mostra não só que esta gente está completamente fora da realidade, como já não tem qualquer capacidade de autocrítica sobre a responsabilidade que lhe cabe, na situação a que o sector chegou.







Não basta proclamar que "a justiça não se faz na praça pública, faz-se nos tribunais", como se as palavras fossem uma espécie de sortilégio capaz de transformar esta justiça opaca e arrogante numa instância transparente e respeitável. No mundo real, as coisas não são assim e tornam-se mais complicadas quando os problemas atingem - como já atingiram - níveis inauditos de degradação. Se a justiça não se faz nos tribunais, a rua passa a ocupar o lugar vazio deixado por todos a quem compete exercê-la; se a percepção sobre a justiça é que ela não é cega, mas selectiva, subserviente e promíscua em relação aos poderes, sejam eles de natureza política, económica ou fáctica, levanta-se um problema de credibilidade; se os seus mais altos responsáveis agem como se não devessem explicações a ninguém, escusando-se a dar respostas claras e inequívocas acerca das suas acções e omissões, abre-se um fosso entre a sociedade e uma das suas traves-mestras. É o que está a acontecer em Portugal. E não se pode conceber situação mais pantanosa.









Crónica



Afinal, o homem é arguido e não se esperaria que metesse a cabeça na argola. Mas também não se esperava que se fizesse de super-vítima. "Sou uma espécie de pára-raios", disse, num momento confrangedor. E que tal criarmos uma nova APAV - Associação Portuguesa de Apoio a Vara?

Paulo Chitas, na Comissão de Ética da Assembleia da República

18:38 Sexta-feira, 19 de Fev de 2010



O que faz um vice-presidente do BCP-Millenium? Depois de ouvir Armando Vara, na Comissão de Ética, no âmbito das audições sobre a liberdade da comunicação social em Portugal, fica-se com a impressão que pouco faz.



Por exemplo, não decide sobre crédito concedido aos clientes, afirmou Vara, que se auto-suspendeu de funções no seguimento da constituição como arguido, no caso Face Oculta. Daí que o ex-ministro socialista, com uma fulgurante e bem paga carreira na banca, não tivesse, disse o próprio, nenhuma intervenção no corte de financiamento ao semanário Sol ou na aprovação de financiamentos a outros grupos de comunicação.



Embora detivesse o pelouro da comunicação do Banco, Vara também só assinou os cheques para as campanhas publicitárias, não interferindo na escolha dos meios que recebem os anúncios. Por isso, a sua chegada à administração não foi responsável pela subida de 1 573% da publicidade do banco no Diário de Notícias, nem pela descida de 80% no Público ou pela quebra de 68% no semanário Sol, como relembrou Pedro Duarte, deputado do PSD, evocando um estudo de uma consultora da área dos media.



E nem sabe de cor o nome do responsável pela Millenium Capital, a empresa de capital de risco do banco que detinha as acções do Sol. Além disso, como está há quatro meses afastado da administração, Vara também nada sabe acerca dos créditos recém-concedidos a outros grupos de comunicação social.



Soube-se, pelo menos, que Armando Vara sabe do que não fala. Por exemplo, nunca conversou "ao telefone com Paulo Penedos [jurista, também arguido no caso Face Oculta] sobre esta matéria [controlo de grupos de comunicação social]".



Afinal, o homem é arguido e não se esperaria que metesse a cabeça na argola. Mas também não se esperava que se fizesse de super-vítima. "Sou uma espécie de pára-raios", disse, num momento de confrangedora auto-flagelação. E que tal criarmos uma nova APAV - Associação Portuguesa de Apoio a Vara?



Racismo, currículos e "nomes vilipendiados" assombraram a audição de Felícia Cabrita. Desde o caso Casa Pia, a repórter tem conduzido algumas das mais escaldantes investigações jornalísticas nacionais. E, desde então, disse aos deputados, tem sido alvo "de um esquema sórdido" para lhe denegrir a imagem. O esquema, especificou, passa por lhe atribuírem relações "íntimas" com magistrados, o que lhe facilitaria o acesso à informação dos processos. "Já tive uma arma apontada ao peito - prefiro isso a este pântano", disse a jornalista, que imputou a um blogue entretanto desaparecido o início da campanha que a pretende atingir, usando a sua condição de mulher.



Teve coragem, Felícia, disse o que tinha a dizer, sem papas na língua. Mas tão sem travão, que a língua lhe pregou uma partida. Dirigindo-se aos deputados do PS, insinuou que era por racismo que queriam saber quem são os accionistas angolanos do semanário Sol, uma das mais repetidas perguntas, na audição de sexta-feira. Na sala produziu-se de imediato um burburinho, deputados houve que exigiram a reposição da honra perdida pelo bafejo de Felícia. O presidente da Comissão de Ética, Luís Marques Guedes, admoestou-a. Mas Felícia ainda faria das suas, quando, em resposta ao deputado Miguel Laranjeiro, do PS, o questionou sobre o seu currículo - era um remoque causado por pergunta do mesmo teor, que os socialistas lhe colocaram para fragilizarem a sua versão de que havia, nas escutas, indícios fortes de crime praticado pelo primeiro-ministro mas ignorado pelo procurador-geral da República. Foi uma sessão em cheio - mas duvido que tenha sido esclarecedora para o debate sobre a liberdade da comunicação social. Temos de esperar pelos próximos capítulos.


in http://clix.visao.pt/a-vitima-e-a-jornalista=f548705

 
Estado de Direito

Sede de justiça

por PAULO PINTO DE ALBUQUERQUE



O Santo Padre escolheu o tema da justiça na sua mensagem para a Quaresma deste ano. Em palavras inspiradas, ele lembra o laço profundo entre a mensagem do Evangelho e a justiça em relação ao próximo. Aliás, a palavra hebraica que indica a virtude da justiça, sedaqah, também significa aceitação da vontade de Deus. Os dois significados estão ligados, como afirma Sua Santidade, porque fazer justiça é talvez a forma mais sublime de servir a Deus.



Esta palavra sábia do Papa tem toda a acuidade nos dias que correm. Hoje mais do que nunca, o homem vive com sede de justiça. Diante do arbítrio e da desigualdade, os homens do nosso tempo clamam por justiça. Contudo, a regra ulpiniana "dar a cada um o que é seu" perverte-se no dia-a-dia diante de um Estado que exerce o poder público de forma desigual: aos amigos dá-se tudo, aos inimigos tira-se tudo. O Estado não é igual para todos, mas antes tem em conta a condição do cidadão e a relação que mantém com o poder público. Se é amigo do poder, privilegia-se. Se é inimigo do poder, prejudica-se. Só mesmo os que não tugem nem mugem, que calam bem lá no fundo opiniões e convicções, podem almejar ter justiça. Bem vistas as coisas esta é uma vã ilusão, porque os amigos passam sempre à frente, por mais incompetentes e incapazes que sejam. Portanto, nem mesmo os que calam e consentem alcançam justiça, pois hão-de ficar sempre atrás dos amigos do poder.



A manipulação humana dos fins do Estado destrói o sentido último da regra de Ulpiniano. Os resultados são fáceis de constatar: a corrupção daninha da instituição pública, a sensação de impunidade do prevaricador, enfim, o fosso abissal entre o povo e a República.



O caminho alternativo do Santo Padre é claro: praticar a justiça como um serviço aos Outros, serviço que é devido a todos por igual, independentemente da sua condição. A justiça é, então, um verdadeiro ministério que tem como ponto de partida e de chegada o Outro, o cidadão concreto com as suas carências e necessidades particulares. É certo que no exercício da justiça, como em qualquer actividade humana, se pode errar. Há que reconhecer a limitação da condição humana, que não é omnisciente . Mas o erro do homem de recta intenção não é uma falta de carácter.



A sede de justiça é uma constante da história da humanidade. Sua Santidade pede aos homens de recta intenção que se esforcem pela justiça do nosso tempo. É este desafio que nos cabe assumir. Com frontalidade , determinação e abertura de espírito. Sem menosprezo pelo contributo de cada um dos homens e mulheres que servem esta causa nobre da justiça, nos tribunais, nas esquadras, nas prisões, nas universidades.
Caça às bruxas


por FERNANDA CÂNCIO



A acusação de tentar interferir na orientação editorial de uma cadeia de TV através de orientações dadas a uma empresa sob tutela governamental é muito grave. É suficientemente grave para ser levada a sério por toda a gente: acusado, acusadores e espectadores. É suficientemente grave para, desde logo, não ser feita sem indícios e intuitos sérios. É suficientemente grave para ser apreciada com gravidade.



Mas nas primeiras audições parlamentares sobre liberdade de informação, anteontem, ficou claro que ninguém ali parece levar a acusação a sério. Ou que ninguém ali acha que se trata de uma acusação séria (talvez porque ninguém ache realmente mal governos interferirem na comunicação social, excepto se forem os governos dos outros?). Assim, convocou-se um pivot de uma TV privada que se queixa de que um jornal privado lhe censurou uma crónica na qual basicamente contava que lhe contaram que o primeiro--ministro, à conversa com um terceiro num restaurante, lhe teria chamado doido (ou maluco?). Em declarações anteriores, o pivot assumira ter decidido não publicar a crónica quando o director do jornal lhe vocalizara por telefone as suas dúvidas sobre ela. No Parlamento surgiu uma nova verdade: foi o director a decidir a não publicação. O pivot lembra-se tão mais perfeitamente quanto estava com a mulher na cama a ler um livro de Mailer sobre Hitler e o telefonema do director do jornal lhe evocou "a banalidade do mal", expressão de Hannah Arendt a propósito do nazismo.



O mal, pois: o pivot garante que o telefonema do director do jornal é uma "censura" por "interferência governamental". Em duas horas de audição parlamentar em directo na TV, ninguém lhe exige que o prove. Exigir ou até solicitar explicações, justificações, factos, é, ficámos a saber, coisa de nazis, não de gente de bem. Muito menos de deputados. Ou jornalistas: no mesmo dia foi notícia um blogue criado para apoiar o PS nas legislativas. Um dos membros passou aos outros mails de "assessores governamentais" com informação sobre actividade do Governo e respectivo argumentário. "Governo montou rede de apoio na Internet"/ "Campanha com meios públicos", dizem duas páginas de jornal que se eximem de explicar por que motivo assessores governamentais não podem responder a pedidos de informação ou participar em campanhas ou até em blogues. Para quê? É mais uma corajosa denúncia da "rede tentacular do Governo", seguida ontem pela revelação de que o tal membro do blogue que recebia os mails foi contratado pelo Governo (muitos meses antes de o blogue começar) para, como economista, fazer um estudo qualquer. Caramba, querem mais quê? Seja quem for que trabalhe para o Governo ou troque mails com pessoas do Governo ou se atreva a "defender" o Governo, está na tramóia, na "rede". É do mal. E ai dos que não o condenam, dos que não o perseguem, dos que não o denunciam, dos que não o cospem e execram, dos que não o abjuram, dos que pedem provas. Arderão na mesma fogueira.



É banal, é. E mete tanto nojo que não se surpreendam se as pessoas não levarem nada disto - nada mesmo - a sério.


in
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1498605&seccao=Fernanda C%E2ncio&tag=Opini%E3o - Em Foco

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Animais

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UM BOM FIM DE SEMANA



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"O génio começa as obras grandes,

 mas é o trabalho que as termina."

(J. Joubert)

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

É DIVINO...UM MOMENTO DIVINO NA MINHA VIDA....



EU ACHO É QUE ELAS NOS ENSINAM COMO A PRÁTICA DA MEDICINA NOS HOSPITAIS VAI MAL....MUITO MAL....!!!!!


NEM QUERO PENSAR MAIS NAQUILO.....OUÇAMOS MÚSICA SENHORES....

SEM COMENTÁRIOS....




PGR
alega que tentar controlar imprensa e TVI

não é crime




Pinto Monteiro não encontrou provas de plano de Sócrates para interferir na comunicação social



Tentar alterar a linha editorial de órgãos de comunicação para não serem hostis ao Governo não é crime de atentado ao Estado de Direito. Este é o principal argumento usado pelo procurador-geral da República nos despachos que arquivaram o caso que envolve José Sócrates.



De acordo com informações recolhidas pelo JN, Pinto Monteiro, após analisar as escutas telefónicas efectuadas no caso "Face Oculta", chegou à conclusão de que pressões e interferências visando imprensa e restantes órgãos de comunicação social favoráveis ao primeiro-ministro não são, por si só, comportamentos puníveis no plano criminal. E deixou tudo escrito nos despachos de arquivamento, cujo conteúdo era, até ao momento, desconhecido.



Em concreto, enquanto o procurador do Ministério Público, João Marques Vidal, e o juiz de instrução criminal de Aveiro, António Costa Gomes, argumentam pela existência de um plano em que estava directamente envolvido o Governo para interferência no sector da comunicação social, com o objectivo de afastar jornalistas incómodos, Pinto Monteiro considerou, nas suas decisões, que o problema está em saber se a actuação dos envolvidos ultrapassa os limites aceites no relacionamento empresarial e da luta político-partidária.



Neste contexto, contrariando a visão dos magistrados de Aveiro, o PGR entendeu que, nas escutas - 146 intercepções aos telemóveis de Armando Vara, então vice-presidente do Millennium-bcp, e Paulo Penedos, advogado e consultor jurídico da PT, que tinham como principal interlocutor Rui Pedro Soares, administrador da PT considerado próximo de Sócrates e do Partido Socialista - não existem indícios de tentativa de destruição, alteração ou subversão do Estado de Direito, nomeadamente direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, como prevê aquele crime.



Aliás, ao que soube o JN, José Sócrates não foi apanhado a falar especificamente no negócio da TVI com Armando Vara.



Pinto Monteiro sublinha que não lhe cabe analisar eventuais responsabilidades políticas do primeiro-ministro. E perante os indícios até àquela altura recolhidos pelos investigadores do caso "Face Oculta", o responsável máximo do Ministério Público entendeu que não deveria mandar investigar José Sócrates.



Aliás, considerou, até, que a gravação e transcrição das 11 primeiras conversas do chefe do Governo, escutadas pela PJ, sofrem de nulidade, por não terem sido validadas pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça.



Rejeita conspiração



Para sustentar a decisão de arquivar as escutas e indícios remetidos pelos magistrados de Aveiro, Pinto Monteiro fez notar que foi Rui Pedro Soares quem informou Armando Vara dos pormenores do negócio de compra da TVI pela PT. Nomeadamente, dúvidas sobre financiamento, o controlo do poder da informação, a situação da jornalista Manuela Moura Guedes e do director-geral da estação, José Eduardo Moniz.



O PGR conclui, inclusive, que a alusão à preocupação em saber-se da existência de um "esquema" - expressão usada por Vara, enfatizada pelos magistrados de Aveiro e já tornadas públicas - pretendia abranger unicamente o negócio da PT com os espanhóis da Prisa, donos da TVI. Rejeita, até, uma dimensão conspirativa em relação a interferências noutros órgãos de comunicação, como o "Público".



Monteiro apoia-se, ainda, em referências sobre um alegado desconhecimento do negócio por parte de Sócrates, em conversa de Rui Pedro e Paulo Penedos, para acentuar não estarem clarificadas as circunstâncias em que o primeiro-ministro teve conhecimento do negócio. Sustenta não haver indícios de que Sócrates tenha proposto, sugerido ou apoiado a compra da TVI pela PT.





Por ANTÓNIO SOARES E NUNO MIGUEL MAIA
in http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Policia/Interior.aspx?content_id=1497808

Veja também: http://economico.sapo.pt/noticias/escutas-do-face-oculta-sao-uma-armadilha-politica_81864.html

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010





Os pássaros
 
Ouve que estranhos pássaros de noite
Tenho defronte da janela:
Pássaros de gritos sobreagudos e selvagens
O peito cor de aurora, o bico roxo,
Falam-se de noite, trazem Dos abismos da noite lenta e quieta
Palavras estridentes e cruéis.
Cravam no luar as suas garras
E a respiração do terror desce
Das suas asas pesadas.


Sophia de Mello Breyner Andresen

Antologia
Círculo de Poesia
Moraes Editores - 1975