"Olha que coisa mais linda
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
Num doce balanço
A caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de lpanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar"
Garota de Ipanema, Tom Jobim
Se Tom Jobim ressuscitasse e caísse no meio do Fashion Rio, seria a desilusão em pessoa. As meninas que enchem as passerelles do evento de moda mais importante da cidade são tudo menos a Garota de Ipanema que enche o imaginário masculino do mundo inteiro e que Jobim imortalizou na célebre canção.
Seria de esperar que num evento como este, o Brasil mostrasse o ar da sua graça feminina nas passerelles e quebrasse o vicioso ciclo de magreza e automatismo que marca as Fashion Weeks do mundo inteiro. Mas, ao contrário, mostrou o que se vê por todo o lado.
As modelos são brasileiras, sim, mas parecem europeias na sua brancura alva, magreza e automatismo a desfilar. Nada de corpo dourado, suave balanço, graciosidade carioca. Nada da mulata cheia de graça (invenção portuguesa?), das curvas brasileiras, do balançado de anca.
Apenas cabides andantes, inexpressivos e desinteressantes, com menos de 17 anos.
Que pena!
Apenas cabides andantes, inexpressivos e desinteressantes, com menos de 17 anos.
Que pena!
NOTA PESSOAL:
O pior...é que estes modelitos de magreza extrema, começam a entrar na cabeça daqueles que têm sérias responsabilidades, para selecção de elementos de trabalho....aliás já se comenta a frase: "Adoro estar acompanhado por um belo par de jarras! Dá-me uma dimensão de superior status"!
Eu só pergunto: e as flores...onde estão as flores??
Eis as flores...
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